Programa Saúde Brasil: investigando as causas da obesidade

2022-05-05T11:45:50+00:00 05/05/2022|

Ser cirurgião bariátrico ajuda a entender os enormes problemas desenvolvidos pela obesidade. Além de cuidar e operar pacientes de todo o país, tenho como um dos meus maiores objetivos a prevenção dessa que é uma das doenças mais perigosas do século, justamente porque conheço bem as consequências. E pensando na prevenção, gostaria de lembrar de um projeto maravilhoso que participei a convite do Ministério da Saúde. O objetivo era fazer uma investigação do que come o brasileiro de diferentes regiões, entender como a obesidade se dá nas famílias, escolas, empresas; e também valorizar os produtos naturais de cada localidade.

O excesso de peso pode dificultar o caminhar e as atividades cotidianas mais simples, como tomar banho ou se higienizar. Existem milhões de indivíduos com obesidade em filas dos sistemas público e privado buscando tratamento para diversas doenças associadas como diabetes, hipertensão, esteatose hepática, cardiopatias, problemas ortopédicos, câncer, entre outros. Muitas morrem sem ter acesso a qualquer tipo de tratamento. E o Brasil é um dos países que apresentam os maiores índices proporcionais de obesos na população. Uma em cada cinco pessoas sofre com a doença. Um problema de saúde pública que não tem a menor graça.

Há 25 anos me dedico a cuidar e entender o que acontece aos pacientes com obesidade. Operei no mundo todo, escrevi livro e artigos, fiz mestrado e doutorado e, principalmente, vivenciei e vivencio a vida deles. Aprendi muito. Estamos lidando com uma epidemia de ramificações descontroladas, potencializada por uma população mal informada. É dever de todos nós demonstrar a trágica história de saúde que acompanha a obesidade, não de criar ainda mais estigmas para quem sofre, e muito, por causa dela.

Por isso, compartilho com vocês os vídeos dessa experiência maravilhosa de investigação sobre a obesidade do brasileiro.

Este episódio gravado em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, pude investigar como comem os moradores da localidade, que é um produtor importante de hortaliças para a região.

Em Angra dos Reis e na Ilha Grande, cidades do sul do Rio de Janeiro, mesmo com acesso facilitado a pescado, muitas crianças possuem uma alimentação desequilibrada.

Gravado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, avaliamos fornecida nas escolas e como impactam no dia a dia os hábitos familiares.

Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, empresas e escolas receberam a nossa visita.

Em linhas gerais, o que sempre alertamos aos pacientes e estamos reforçando é que muitas doenças podem ser evitadas se diminuirmos o fumo e álcool excessivo, alimentos industrializados e ultraprocessados, que são carregados de sódio, se abandonarmos de vez o sedentarismo e ao menos, fazermos uma caminhada, pular corda, andar de bicicleta, ou exercícios funcionais em casa mesmo; e dormirmos ao menos sete horas por dia. Fazendo essa rotina, já vai ajudar a aliviar o estresse, grande provocador de hipertensão. Aí pode complementar com atividades prazerosas, como ouvir música, dançar, ler um bom livro, brincar com crianças ou animais e tantos outros hobbies ou atividades que trazem mais calma, conforto e alegria.

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